sábado, 16 de outubro de 2010

Caminhada pela Paz e por Justiça


Caminhada pela Paz e por Justiça

A busca por Justiça, pelo fim da impunidade e pela paz. Esses temas estarão presentes, hoje, na '1ª Romaria da Paz'. A programação, a partir das 8 horas, reunirá representantes de entidades de Belém e de outros Estados que lutam contra a violência e pedem paz.

A Romaria é realizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio da Comissão Justiça e Paz (Regional Norte 2), e pelo Instituto Vida Brasil. E tem oapoio do Movimento pela Vida (MOVIDA), de Belém, que engloba 70 famílias vítimas da violência, entre as quais aquelas mortas por policiais militares.

Além dos familiares de vítima da violência urbana, também estarão presentes na Romaria aqueles que perderam seus parentes por causa de erros médicos. A concentração acontecerá na Praça Santuário. Após uma caminhada, haverá celebração eucarística na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.

Também apoiam a romaria Comitê Dorothy, Caravana da Paz, Comissão Pastoral da Terra, Cáritas e Pastoral da Juventude. Uma das presenças confirmadas é a da empresária Sandra Cassaro, cujo pai, Anastácio Cassaro, então prefeito de São Gabriel da Palha, no Espírito Santo, foi assassinado, com dois tiros, em abril de 1986. E, passados 24 anos do crime, os acusados ainda não foram julgados. Também estará em Belém o psicólogo Carlos Santiago, pai da adolescente Gabriela Prado Maia Ribeiro, morta no metrô do Rio de Janeiro, em março de 2003.

Durante troca de tiros entre um policial e bandidos, a jovem, que tinha 14 anos, foi baleada. A tragédia deu origem ao 'Movimento Gabriela Sou da Paz'. Quem também participará da romaria é Sandra Domingues, que, embora não tenha em sua família nenhuma vítima da violência, viaja pelo País lutando pelo fim da impunidade. E, nessa luta, Sandra Domingues é tida por esses movimentos como uma referência na busca por Justiça.


Sandra Cassaro, cujo pai foi assassinado há 24 anos, destaca a importância da Romaria. 'É algo muito importante. A gente luta por justiça e, também, pela paz. Não há paz sem justiça. O que a gente busca é que a socieade civil se reúna, olhe para nós, veja o nosso sofrimento e o que aconteceu com nossa famílias. E nos ajude a lutar contra a impunidade, buscando justiça e, automaticamente, a paz', disse.
 

Fonte: Amazônia Jornal

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